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O que te impede de alcançar seus objetivos de vida?

  • Foto do escritor: Ingo Zietemann, CFP®
    Ingo Zietemann, CFP®
  • 12 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

Qual é o seu maior sonho? Para alguns pode ser viajar nas férias com a família, conquistar a casa própria, prover uma boa formação para os filhos, reduzir a carga horária de trabalho, conquistar a independência financeira…


E o que te impede de realizá-lo?


A maioria das pessoas dirá: dinheiro. Você acredita se eu te falar que o que deve estar faltando por aí, te separando de realizar os seus sonhos, não é dinheiro, mas sim planejamento?


Segundo um levantamento feito em janeiro de 2020 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), menos da metade (48%) dos entrevistados disse ter um certo controle das finanças, e da parcela que diz ter controle, apenas um terço (16% dos entrevistados) disse que consegue planejar o mês com antecedência, antevendo os principais gastos e expectativas de receita.


Significa que os 84% restantes estão contando com a sorte para realizar seus sonhos!


Você lembra do texto em que expliquei o que é planejamento financeiro e os seus benefícios? Se você leu, baixou a planilha disponível e criou o seu orçamento, já deu um grande passo rumo a uma maior organização financeira, mas vou bater na tecla do que falo para os meus clientes logo nas primeiras conversas: para obter sucesso no seu planejamento e conquistar os seus objetivos, não basta apenas criar seu orçamento, listando as entradas e saídas. É fundamental cumprir o orçamento depois. São as duas etapas da realização:

  1. Colocar os planos no papel;

  2. Tirar os planos do papel.


De pouco adianta criar todo um planejamento, definir metas de gastos, metas de poupança e criar planos de investimento, se no dia a dia "deixamos a vida nos levar" e terminamos o mês chegando “sabe-se lá onde”.


Pela minha experiência, tenho percebido que os dois maiores empecilhos para tirar os planos do papel são:

  • Excessos, exageros, extrapolação dos limites propostos, seja por falta de controle (inconsciente - não saber que a verba acabou) ou por falta de autocontrole (consciente - mesmo sabendo que a verba acabou, não nos seguramos e gastamos além da conta);

  • Extras, gastos com itens que nem estavam previstos no orçamento. Não me refiro aos imprevistos e fatalidades da vida, sobre as quais não temos controle. Estou me referindo aos "desejos e caprichos fora de hora", que estão totalmente sob nosso controle, mas que apenas não nos contivemos.


Gosto de propor aos meus clientes que encarem o orçamento mensal como um jogo: cada início de mês é uma nova fase, e o desafio é se manter dentro das verbas. O prêmio por conseguir fazê-lo é poder investir o valor que estava previsto e assim dar um passo em direção à conquista dos objetivos de vida.

É para ser um "desafio divertido" e não um "desafio opressor", não tem castigo se não conseguir mas, sendo sincero, a consequência de não cumprir o orçamento é não realizar seus sonhos... Nem poderia haver castigo maior.


Não se engane: é do ser humano preferir gastar tudo hoje a guardar para amanhã, isso vem da nossa evolução biológica! Quando o nosso ancestral primitivo encontrava alimento, ele precisava consumir o máximo que podia, pois não tinha muitos meios para armazenar e não sabia se teria alimento no dia seguinte. Era uma questão de sobrevivência!


No mundo moderno, por outro lado, a questão de sobrevivência passou a ser o contrário: não consumir tudo hoje e guardar uma parte para amanhã. Afinal, agora se tornou possível armazenar tanto alimento quanto o fruto do trabalho, seja na forma de estoque ou de dinheiro.


Ao longo dos meses, ensino meus clientes a terem um bom controle financeiro para saber como andam as verbas, os ajudo a aumentar a consciência e o autocontrole para evitar os excessos, fazer as pazes com os limites e aprender a esperar o próximo mês quando uma verba chega ao fim. Juntos avaliamos o resultado do mês no intuito de criar estratégias que tornem mais fácil cumprir as verbas no mês seguinte. Afinal, cada um tem o seu vilão de consumo, ou Kriptonita, como diz a minha amiga Nathalia Arcuri. Não faz sentido achar que acordaremos super-heróis de um dia para o outro e deixaremos de ter nossos pontos fracos. Temos sim é que pensar em alternativas para proteger o nosso dinheiro de nós mesmos e, assim, tirar os nossos sonhos do papel!

 
 
 

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